segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

CENSURA E PERSEGUIÇÃO, NO MEIO CIENTÍFICO, CONTRA IDEIAS NÃO MATERIALISTAS


Fonte da imagem: http://www.vivagrandebh.com.br/materia/censurado

Fábio José Lourenço Bezerra

     Existem várias denúncias contra um verdadeiro tribunal de inquisição instalado no meio científico, que condena, até com a destruição da carreira e demissão, cientistas que ousem se posicionar contrariamente à teoria materialista para a origem e o surgimento da vida. O debate é simplesmente rejeitado. E isto ocorre mesmo que estes cientistas apresentem evidências convincentes que os apóiem. E estas evidências são, muitas vezes, fortíssimas. Pode-se mesmo dizer que é preciso muita fé cega para se acreditar no materialismo, que a vida surgiu e evoluiu por mero acaso.
     Abaixo, postamos o ótimo documentário Expelled - No Intelligence Allowed (Expulso – Inteligência Não Permitida), disponível no Youtube. Vale muito a pena conferir.



ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:


https://www.youtube.com/watch?v=ywYKBTwcHJg

sábado, 20 de fevereiro de 2016

EX-ASTRONAUTA E EX-MINISTRO DA DEFESA DO CANADÁ FALAM SOBRE OS EXTRATERRESTRES

Fonte da imagem: http://www.mensagenscomamor.com/frases-extraterrestres

Fábio José Lourenço Bezerra

      O ex-astronauta e engenheiro Edgar Mitchell, bem como o ex-ministro da defesa do Canadá, Paul Hellyer, falam sobre os extraterrestres e os motivos para o acobertamento de sua existência, nos vídeos imperdíveis abaixo, disponíveis no Youtube. Vejamos:





ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

https://www.youtube.com/watch?v=4Z-cnfEYcPk

https://www.youtube.com/watch?v=vMhMalnhoac

https://www.youtube.com/watch?v=shNrnm621cE


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

VÁRIOS ESTUDOS CONFIRMAM: A REENCARNAÇÃO EXISTE

Fonte da imagem: http://www.espiritualismo.info/reencarnar.html

Fábio José Lourenço Bezerra

    A reencarnação é confirmada por uma quantidade enorme de evidências. No mundo inteiro, diversos pesquisadores têm estudado o fenômeno da reencarnação.

     A pesquisa acontece em duas áreas distintas: casos de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e a outra através de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas. Esta última, como veremos adiante, teve recentemente um grande aliado para sua validação: o Mapeamento Cerebral por Tomografia.

     Na primeira área, destacamos o professor de psiquiatria Dr. Ian Stevenson e o atual continuador de sua pesquisa, o psiquiatra infantil Dr. Jim B. Tucker, ambos da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Destacamos também o médico psiquiatra indiano Dr. H. N. Banerjee. No Brasil, uma pesquisa desta natureza também foi realizada pelo engenheiro Ernani Guimarães Andrade.

    Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian Weiss nos Estados Unidos, Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.

     A partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única conclusão possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas um fato amplamente demonstrado.

     O professor de psiquiatria da Universidade de Virgínia (EUA) Dr. Ian Stevenson, falecido em 2007, registrou, ao redor do mundo, em um período de mais de quarenta anos, perto de 2700 casos de crianças que relataram lembranças de vidas anteriores. Algumas se dizem membros da família já falecidos, outros descrevem vidas anteriores como estranhos. Tipicamente, a criança, muito nova (em geral por volta dos seus 2 a 3 anos de idade), começa a falar de uma outra vida persistentemente. Muitas vezes, pede que a levem para encontrar-se com a sua outra família, em outro local. Quando a criança fornece nomes ou detalhes suficientes sobre a outra localidade, a família atual, quase sempre, vai até lá e confirma as informações dadas pela criança, que se mostram corretas. As informações batem, em vários casos com riqueza de detalhes, com a vida de uma pessoa há pouco tempo falecida.

     As crianças não só demonstram ter lembranças da vida da personalidade anterior (detalhes a respeito de membros da antiga família, eventos da vida passada ou o modo como morreram), mas também, com muita freqüência, apresentam marcas de nascença semelhantes a ferimentos no corpo da vida anterior, bem como suas emoções, apegos, medos, vícios, gostos e aversões. A identificação com um determinado país ou sexo também aparecem em alguns casos.

     Sobre o Dr. Stevenson, consta o seguinte no livro “Vida Antes da Vida”, escrito pelo psiquiatra infantilda Universidade de Virgínia Dr. Jim Tucker, continuador de suas pesquisas:

[...] Lester S.King, editor de crítica do JAMA: The Journal of the American Medical Association, escreveu que, “com respeito à reencarnação, [Stevenson] coletou cuidadosa e desapaixonadamente uma pormenorizada série de casos ocorridos na Índia, nos quais a evidência é difícil de explicar sob qualquer ponto de vista.” E acrescentou: “Ele registrou uma quantidade de dados tão grande que não pode ser ignorada.”

     Em 1977, o Journal of Nervous and Mental Disease reservou boa parte de um número ao trabalho sobre reencarnação do Dr. Stevenson. Incluía um artigo do pesquisador, comentado por outros especialistas. O Dr. Harold Lief, figura das mais acatadas no campo da psiquiatria, escreveu um dos comentários. Descrevia o Dr.Stevenson como “um investigador metódico, prudente, cauteloso mesmo e de personalidade teimosa.”

     Para exemplificar, reproduzimos alguns casos descritos no já citado livro “Vida Antes da Vida”:

[...] A mãe sonhou, durante a gravidez, que um homem desconhecido lhe dizia: “Fui morto por um golpe de pá. Quero ficar com você e ninguém mais.” Quando Sulerman nasceu, viu-se que a parte posterior do seu crânio era parcialmente deprimida e também apresentava uma cicatriz. Ao aprender a falar, disse que tinha sido um moleiro morto quando um freguês enfurecido feriu-o na cabeça. Juntamente com outros detalhes,  forneceu o primeiro nome do moleiro e o da aldeia onde residira. De fato, um freguês enfurecido havia assassinado um moleiro daquele mesmo nome e naquela mesma aldeia, golpeando-o na nuca com uma pá.”

[...] Outro caso mencionado em Reincarnation and Biology é o de Necip Ünlütaskiran, da Turquia. À época do seu nascimento, notou-se que exibia várias marcas de nascença na cabeça, rosto, e peito. Os pais, de início, deram-lhe o nome de Malik, mas três dias depois a mãe teve um sonho no qual o bebê lhe dizia chamar-se Necip. Os pais resolveram então chamá-lo de Necati e não Necip, pois ambos os nomes se pareciam e já havia na família outra criança chamada Necip. Quando a criança teve idade suficiente para falar, insistiu em que seu nome era de fato Necip e recusou-se a atender por qualquer outro, de modo que os pais acabaram fazendo-lhe a vontade.

Necip demorou para falar e a se referir a uma vida anterior, mas, quando completou seis anos, pôs-se a dizer que tinha filhos. Aos poucos foi fornecendo outros detalhes, inclusive o fato de ter sido esfaqueado repetidamente. Afirmou que tinha vivido na cidade de Mersin, a setenta quilômetros da residência dos pais. A família não o levou até lá imediatamente, por lhe faltarem meios e não ter interesse no que o menino dizia.

Quando Necip fez doze anos, a mãe o levou a uma cidade perto de Mersin para visitar o pai dela e sua esposa, sendo que nenhum dos dois conhecia esta última.

Quando Necip a viu, disse que agora ela era a sua avó de verdade, depois de sê-lo unicamente em aparência no passado. Falou-lhe de suas reminiscências da vida passada e a mulher confirmou que eram verdadeiras. Ela tinha morado anteriormente em Mersin, onde era conhecida como “Vovó”. Um vizinho, de nome Necip Budak, tinha sido esfaqueado e morto pouco antes do nascimento do menino. O avô de Necip levou-o então até Mersin, onde ele reconheceu diversos membros da família de Necip Budak.

Identificou dois objetos que haviam pertencido ao morto e declarou disse que Necip Budak havia ferido a perna da esposa com uma faca, durante uma discussão, o que era verdade. O garoto não tinha visto as pernas da viúva, é claro, mas uma mulher da equipe do Dr. Stevenson examinou-as e confirmou que ela tinha uma cicatriz na coxa, provocada, segundo disse, pelo marido.

O Dr. Stevenson conseguiu obter uma cópia do relatório da autópsia de Necip Budak e, em seguida, descobriu que o menino Necip apresentava três marcas de nascença, que a família notara desde o primeiro momento e ainda eram visíveis quando o Dr. Stevenson o examinou aos treze anos, elas combinavam perfeitamente com os ferimentos descritos no relatório da autópsia. Além disso, Necip tivera outras três marcas que a família observara logo ao seu nascimento, mas não podiam ser mais vistas aos treze anos: elas também combinavam com os ferimentos descritos no relatório. O Dr. Stevenson encontrou ainda mais duas marcas em Necip, semelhantes às descritas no relatório, mas que a família nunca havia notado. Por último, o relatório aludia a vários ferimentos no braço esquerdo de Necip Budak que não tinham equivalentes no corpo do menino.

Em suma, Necip apresentava nada menos que oito sinais equivalentes aos ferimentos constatados no cadáver de Budak, assassinado a setenta quilômetros de distância. Afora isso, o menino tinha fornecido detalhes corretos sobre a vida de Necip Budak e reconhecido membros de sua família.”

[...] Chanai Choomalaiwong nasceu na região central da Tailândia, em 1967, com duas marcas de nascença, uma na parte posterior da cabeça e outra acima do olho esquerdo. A família, num primeiro momento, não achou que aqueles sinais tivessem algum significado; mas, quando o menino completou três anos, começou a falar a respeito de uma vida anterior. Afirmou ter sido um professor primário chamado Bua Kai, que havia sido alvejado e morto a caminho da escola. Forneceu o nome de seus pais, esposa e dois dos filhos que teve naquela vida, pedindo sempre à avó, com quem vivia, para que o levasse à antiga casa, numa localidade chamada Khao Phra.

Por fim, estando ele ainda com três anos, a avó fez-lhe a vontade. Os dois apanharam um ônibus a um povoado próximo de Khao Phra, situada a vinte quilômetros de sua aldeia. Quando saltaram do veículo, Chanai conduziu a avó em direção a uma casa onde, segundo afirmava, moravam os seus pais. A casa pertencia a um casal idoso cujo filho, Bua Kai Lawnak, fora professor e morrera assassinado cinco anos antes do nascimento de Chanai. A avó do menino, ao que se soube, tinha vivido a quatro quilômetros dali. Como possuía uma barraca onde vendia diversos produtos às pessoas das redondezas, tinha conhecido vagamente Bua Kai e sua esposa. Nunca havia estado na casa deles e não fazia idéia de para onde Chanai a estava conduzindo. Uma vez lá, o menino identificou os pais de Bua Kai, que se achavam em companhia de vários outros membros da família, como os seus pais. Eles ficaram tão impressionados com as suas declarações e marcas de nascença que o convidaram a voltar em breve. Chanai voltou e, na ocasião, o casal o testou pedindo-lhe que apontasse os pertences de Bua Kai entre muitos outros, e ele conseguiu.

Reconheceu uma das filhas de Bua Kai e perguntou pela, citando-lhe o nome. A família de Bua Kai aceitou que Chanai fosse o filho renascido e ele a visitou muitas vezes.

Insistia que as filhas do falecido o chamassem de pai e, quando elas não obedeciam, recusava-se a falar com elas.

Quanto aos ferimentos de Bua Kai, não havia relatórios de autópsia disponíveis, mas o Dr. Stevenson conversou com diversos membros da família e ouviu que ele apresentava dois buracos na cabeça. A esposa lembrava-se de que o médico responsável pelo exame do corpo havia explicado que o orifício de entrada da bala era o da nuca porque tinha dimensões menores que o da testa. Aquilo combinava com as marcas de Chanai: uma pequena, circular, na nuca e outra maior, mais irregular, na testa. Ambas eram sem pêlos e de aspecto rugoso. Ninguém as fotografou até Chanai completar onze anos e meio, de sorte que determinar exatamente o seu ponto de localização na cabeça quando ele nasceu tornava-se difícil. Nas fotos, a maior aparece à esquerda, na parte superior da testa, mas testemunhas afirmam que se localizava mais embaixo quando Chanai era menor.

Neste caso, várias testemunhas concordam que um menino com marcas de nascença semelhantes aos ferimentos de entrada e saída de um projétil num homem morto tinha, a respeito da vida deste, informações que jamais lhe chegariam por meios normais e pôde sair-se bem em testes que a família do homem lhe preparou.”

UM CASO ESTUDADO PELO DR.JIM TUCKER:

[...] John McConnell, policial aposentado de Nova York que trabalhava como vigia, parou após o expediente diante de uma loja de produtos eletrônicos, numa noite de 1992. Viu dois homens roubando o estabelecimento e sacou o revólver. Outro assaltante, por atrás de um balcão, começou a atirar nele. John tentou responder ao fogo, caiu e levantou-se, sempre disparando. Foi atingido seis vezes. Uma das balas penetrou-lhe as costas, dilacerando o pulmão esquerdo, o coração e a principal artéria pulmonar, o vaso sanguíneo que leva o sangue do lado direito do coração para os pulmões, a fim de ser oxigenado. Foi levado às pressas para o hospital, mas não sobreviveu.

John era muito ligado à família e dizia freqüentemente a uma das filhas, Doreen:

Não importa o que aconteça, sempre tomarei conta de você”. Cinco anos após a morte de John, Doreen deu à luz um filho, William. William começou a sofrer desmaios logo depois de nascer. Os médicos diagnosticaram atresia da válvula pulmonar, condição na qual a válvula da artéria pulmonar não se formou adequadamente, de modo que o sangue não consegue atravessá-la rumo aos pulmões. Além disso, uma das câmaras do coração, o ventrículo direito, não se formou perfeitamente, em conseqüência do problema com a válvula. O menino passou por várias cirurgias. Embora tivesse de tomar remédios pela vida toda, saiu-se muito bem.

William apresentava problemas de nascença muito parecidos com os ferimentos fatais sofridos pelo avô. Não bastasse isso, quando aprendeu a falar, começou a falar fatos da vida do avô. Um dia, tendo ele três anos de idade, a mãe estava em casa tentando trabalhar no seu estúdio quando William se pôs a fazer travessuras. Ela, por fim, lhe disse: “Sente-se ou lhe darei umas palmadas.” William replicou: “Mamãe, quando você era uma menininha e eu o seu pai, às vezes você se comportava mal, mas eu nunca bati em você!”

A princípio, a mãe ficou inquieta com isso. À medida que William foi falando mais a respeito da vida do avô, ela começou a sentir-se confortada pela idéia de que o pai havia voltado. William afirmou que era o avô inúmeras vezes e falou sobre sua morte. Disse à mãe que várias pessoas tinham disparado durante o incidente quando ele foi morto e fez muitas perguntas a respeito.

Certa vez, perguntou à mãe: “Quando você era uma garotinha e eu o seu pai, como se chamava mesmo o meu gato?” Ela respondeu: “Refere-se a Maníaco?” “Não, não a esse”, continuou William. “Estou falando do branco”. “Boston?”, indagou a mãe. “Sim”, respondeu William. “Eu costumava chamá-lo de Boss, não é?” De fato, a família tinha dois gatos. Maníaco e Boston — e só John chamava o branco de Boss.

Um dia, Doreen perguntou a William se ele se lembrava de alguma coisa ocorrida antes de nascer. O menino disse que tinha morrido numa quinta-feira e que fora para o céu. Ali, viu animais e até falou com Deus. E completou: “Eu disse a Deus que estava pronto para voltar e nasci numa terça-feira.” Doreen ficou espantada ao ouvir William mencionando os dias da semana, que ainda não sabia muito bem. Colocou-o então à prova, dizendo: “Então você nasceu numa quinta-feira e morreu numa terça?”

Ele prontamente corrigiu: “Não, morri numa quinta à noite e nasci numa terça de manhã.” Ele estava certo em ambos os pontos — John tinha morrido numa quinta-feira e William tinha nascido numa terça-feira cinco anos depois.

Em outras ocasiões, o menino falou sobre o período entre vidas. Contou à mãe, “Quando você morre, não vai diretamente para o céu. Passa por diversos níveis — aqui, depois ali, por fim acolá” e, de cada vez, erguia um pouco a mão. Explicou que os animais também renascem e que os que viu no céu não mordiam nem arranhavam.
John tinha sido católico romano praticante, mas acreditava em reencarnação e afirmava que iria cuidar de animais na próxima vida. O neto, William, diz que quer ser veterinário para tratar de bichos grandes num zoológico.

William lembra o pai de Doreen de várias maneiras. Gosta de livros, como o avô. Quando visitam a avó de William, ele fica horas vasculhando a biblioteca de John, reproduzido o comportamento deste no passado. William, tal qual o avô, é organizado e tagarela.

William lembra especialmente o pai de Doreen quando lhe diz, “Não se preocupe, mamãe, vou cuidar de você”.

    Os resultados da pesquisa da renomada psicóloga norte americana Dra.Helen Wambach trouxeram evidências, bastante fortes, da existência da reencarnação. Muito difíceis de serem contestadas pelos céticos. Esta pesquisa e seus resultados foram publicados em dois excelentes livros: “Recordando Vidas Passadas” (1978) e “Vida Antes da Vida” (1982). Muito interessante é o fato de que os resultados coincidem muito com o que nos ensinaram os Espíritos Superiores durante a codificação do Espiritismo.

     Realizando regressões de memória a vidas passadas em grupo (ela não levava em conta regressões individuais na sua pesquisa), coletou cerca de 1.100 relatórios de lembranças de existências pretéritas das pessoas que participaram de sua pesquisa. Os relatórios tiveram como base um questionário sobre diversos dados que poderiam ser, posteriormente, avaliados, comparando-os com o conhecimento histórico existente. Dados como vestuário, clima, moradia, raça, sexo, circunstâncias de vida, paisagem, além de outros.

   Dando um tratamento estatístico ao grande conjunto de dados coletados, obteve resultados bastante interessantes:

a) Quantidade de dados historicamente divergentes insignificante: dos 1.100 relatórios, apenas 11 possuíam diferenças em relação aos dados históricos disponíveis oficialmente. Mesmo nos indivíduos que regrediram à épocas que pouco, ou de nenhuma forma, foram retratadas em filmes, documentários, livros ou outros veículos de comunicação, que poderiam influenciar as suas lembranças, os detalhes de suas informações coincidiam com os dados históricos. Ou seja, apesar de vários indivíduos desconhecerem, nessa vida, detalhes de vestuário, utensílios domésticos, moradia, etc., em épocas da história cujos detalhes só podem ser obtidos através de uma minuciosa pesquisa, eles apareceram em suas lembranças durante as regressões.

b) Ausência de lembranças como personagens históricos famosos ou importantes, bem como de situações que refletiriam desejos dos participantes: praticamente em todos os relatórios não apareceram lembranças como pessoas famosas ou importantes do passado, e na maior parte deles as vidas eram de pobreza, dificuldade, sofrimento, de frequente cansaço e monotonia. Vidas de pessoas comuns às épocas das quais lembraram, como camponeses, escravos, artesãos, etc. Era de se esperar que, caso fossem fantasias dos participantes, suas vidas refletiriam seus desejos, como de fama, riqueza e poder.

c) O número de renascimentos coincidiram, proporcionalmente, com o número da população em todas as épocas relembradas: Em cada época e localização geográfica, os renascimentos coincidiram com as tendências do crescimento da população. Ao ser analisado estatisticamente, o crescimento populacional nas regressões era o mesmo da história. Isto é, quando um maior número de participantes lembrava ter vivido em determinada época e lugar, isso coincidia, proporcionalmente, com os dados históricos sobre a quantidade de pessoas que viveram nessa época e lugar. O mesmo ocorreu em épocas e locais que apresentaram menos vidas dos participantes. Isto era de se esperar se as lembranças das vidas passadas fossem reais. Ver a figura abaixo:



Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento

d) O número de reencarnações em ambos os sexos se mostrou igual na totalidade dos relatórios: Conforme Helen Wambach: “Refleti que eu precisava, pelo menos, de um fato biológico acerca do passado que me facultasse a conferência dos meus indícios. Eu sabia que em qualquer fase pretérita, mais ou menos a metade da população era masculina e a outra metade, feminina. Decidi verificar cada período de tempo e determinar quantas regressões tinham redundado em vidas masculinas e quantas tinham resultados em vidas femininas.

    Se a rememoração de existências passadas fosse mera fantasia, seria de esperar que preponderassem as masculinas: os estudos mostram que o cidadão comum, em se lhe oferecendo a possibilidade de escolher, optaria por viver como homem.

   Contra a probabilidade de que a fantasia produziria maior número de sujeitos masculinos, havia o fato de que 78% dos meus sujeitos no primeiro grupo de seminários eram mulheres.

       Seria acaso possível que as mulheres preferissem ser mulheres numa vida pregressa?
Assim sendo, muitos imponderáveis gravitavam em torno da questão do sexo que seria escolhido numa vida passada.

      Não obstante(...) meus dados são concludentes. Sem levar em consideração o sexo que têm na vida atual, ao regressar ao passado, meus sujeitos se dividiram precisa e uniformemente em 50,3% de homens e 49,7% de mulheres.” Ver a figura abaixo:


Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento

a) Possibilidade de escolha do renascimento: dos 1.100 casos analisados, na maior parte deles, os indivíduos aceitaram voluntariamente seu nascimento. Perto de 81% dos participantes pesquisados decidiram voltar a terra e apenas 19% foram forçados. Muitos deles só aceitaram vir reclamando e outros só aceitaram após serem orientados por Espíritos planejadores ou aconselhadores;

b) Motivo do renascimento: dentre vários outros motivos, os mais comuns foram:

Terminar tarefas não concluídas;

Corrigir erros cometidos;

Despertar aptidões e evoluir espiritualmente;

Superar limites, romper barreiras e limitações;

Obter conhecimentos superiores;

Aprender a amar sem sentimento de posse ou apegos;

Superar medos, Desenvolver a humildade, amar a mãe e os irmãos, desfazer-se de certas ilusões, além de outros motivos.

c) escolha da época do renascimento: A maior parte dos que participaram da pesquisa, 51%, disseram ter escolhido nascer na segunda metade do século XX, pois essa época tinha grande potencial de crescimento espiritual; um período de mudança na consciência dos homens. Como exemplos do que os próprios participantes disseram sobre isso: “Será uma época de grande expansão da consciência”; “Os espíritos mais avançados estão nascendo”; “é uma época de grande esclarecimento”; “é o início de uma idade de ouro”; “a consciência atingirá novas alturas”; “Este período de tempo está aberto ao crescimento espiritual”. Muitas outras lembranças coincidiram com estas.

d) Escolha do sexo: 24% não escolheram o sexo com o qual reencarnariam, ou disseram que isso não tinha muita importância; 76% afirmaram que o sexo era importante nas atividades que teriam de executar. Perto de 33% destes escolheram reencarnar como mulheres porque queriam ter filhos. Vejamos alguns exemplos: “escolhi ser homem pela minha mulher. Entrei nesta vida para ajudar minha esposa a resolver um problema e ela tinha escolhido ser mulher.”; “escolhi o sexo masculino pela facilidade do homem em participar do esforço científico e desejava, nesta vida, participar da revolução cientifica do século XX.”; “escolhi o sexo feminino para fazer as pessoas felizes com mais facilidade.”

e) Presença de parentes e amigos: 87% disseram que já conheciam muitos parentes e amigos de outras vidas e 13% disseram que não, ou que não sabiam dizer.
Dos 87% que disseram sim, pôde-se chegar a algumas conclusões. Segundo Wambach: “houve impressionante variação nos relacionamentos configurados. Pais, nesta vida, tinham sido amantes no passado; mães tinham vindo como irmãos, amigas, irmãs, filhos. Mães na vida atual tinham vindo como pais, amigos, irmãos, irmãs, filhos. Nada havia de totalmente consistente na maneira pela qual as pessoas, nesta existência, se relacionavam em vidas passadas.”

f) Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se ligaram ao feto, de nenhuma forma, até depois dos seis meses de gestação”. Contudo, praticamente todos disseram ter plena consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto, possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto durante o parto ou pouco tempo antes. Dessa forma, na maior parte do período de gravidez, as pessoas não se sentiam parte integrante do feto, contudo estavam existindo separado destes.

     É preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o Espírito expressa apenas seu ponto de vista. Assim, pode estar ligado ao corpo desde a concepção, mas só perceber essa ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da gestação. Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem antes do parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.

g) As sensações durante o nascimento: Foi grande a quantidade de participantes que sentiram tristeza e melancolia durante o nascimento. Não que fossem os eventos físicos do processo de parto que traziam esses sentimentos, mas, ao que tudo indica, a maior fonte era psicológica. Muitos derramaram lágrimas durante a lembrança do nascimento. A tristeza eram causada, em sua maior parte, à expectativa das dificuldades que viriam durante a vida que se iniciava, aos resgates que teriam de sofrer, e à limitação do corpo físico em relação ao corpo espiritual. Sofriam por deixar a plena, leve, pacífica e sublime vida no mundo espiritual. Some-se a isso as sensações, relatadas por muitos, quando da entrada no mundo físico e a passagem pelo canal de parto, atormentadoras e por demais desagradáveis. Segundo Wambach: “A criança recém-nascida sente-se desligada, diminuída e sozinha, quando comparada à sua situação no intervalo entre as vidas”.

     A pesquisa da reencarnação, através da regressão de memória a vidas passadas, foi recentemente bastante reforçada pela tecnologia. O Mapeamento Cerebral Por Tomografia, realizado durante as regressões de memória, trouxe interessantíssimos resultados. Vejamos as duas reportagens abaixo:

       Reportagem do site do Globo Reporter:

Viagens a um passado que transcenderia ao nosso corpo físico. Teria a nossa memória um arquivo secreto de momentos que não experimentamos nesta vida? O homem carrega com ele lembranças de vidas passadas? Especialistas em terapias que utilizam a técnica da regressão estão tentando desvendar esse mistério.

Os psicólogos paulistas Manoel Simão e Júlio Peres fizeram o mapeamento cerebral de alguns dos seus pacientes, durante as sessões de regressão, usando aparelhos de tomografia computadorizada. Foi uma experiência inédita. E o que revelaram os exames?
A área do cérebro ativada quando os pacientes entram em uma hipotética vida passada é a da memória. A parte que comanda os circuitos da imaginação, durante a regressão, não entra em atividade, garante o psicólogo.

"As vias neurofisiológicas utilizadas para o resgate de memórias traumáticas de vida atual foram também utilizadas para o resgate de situações traumáticas de vidas passadas - supostas vidas passadas. Os circuitos neurofisiológicos que estão relacionados à fantasia são outras estruturas”, explica o psicólogo Júlio Peres.

O publicitário Tertuliano Pinheiro se submeteu à regressão e diz ter se encontrado em duas outras existências. "A primeira vivência foi na Roma Antiga. Utilizava o poder para praticar o mal. Vivia emitindo ordens. Ouvia os gritos das pessoas. Foram muitos erros cometidos. Exercia o poder da forma mais errada. Ele tomou bens", revela.

Ao descobrir tudo isso, Tertuliano encontrou o caminho para se livrar de todas as suas aflições. A depressão, o medo do escuro, o pânico, tudo desapareceu. “Hoje eu sou outra pessoa, de bem com a vida. Sem dúvida isso aconteceu por causa da regressão. Não é questão de achar, é de sentir", diz o publicitário.

Sentir, mergulhar em uma memória desconhecida sem perder a consciência. Isso seria mesmo possível? "Não importa o nome que se atribua a esse conteúdo. De fato, ele é verdadeiro, genuíno para o paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se liberta de dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o psicólogo Júlio Peres.”

      Reportagem publicada na revista ISTOÉ de 10/07/02 e extraída do site:

Há dois anos, ISTOÉ divulgou o primeiro mapeamento de ondas cerebrais feito durante uma sessão de regressão (ISTOÉ 1594). O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade cerebral é muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações como suor e taquicardia. Na época, Peres anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais acionadas durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com idades entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia com emissão de radiofármaco (método spect), realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados de consciência da universidade americana. Finalizados, os estudos revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção. É mais um passo na busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, explica Peres.

    Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988,
Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores , tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação.

      Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:

1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.

2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.

3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.

4. O espírito existe para sempre.

5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.

6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.

7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.

8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.

9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.

10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.

11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.

12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.

13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.

14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.

15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.

16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.

17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.

18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos passados.

19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação próximo à matéria.
20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.

21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:

a) ligação aos espíritos nos corpos.
b) esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que deixam os corpos físicos.
22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.
23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.
(*Extraído do livro Reencarnação: processo educativo. Autor: Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 WAMBACH, Helen.Recordando vidas passadas, 1978;

2______________.Vida antes da vida. Livraria Freitas Bastos. [1982];

3 MOODY Jr. Raymond A. Vida depois da vida, 1979;

4 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica, 2002;

5 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988;

6 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;

7 TENDAM, Hans. Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;

8 ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas sucessivas, 2002;

9 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador: Fundação lar harmonia, 2003.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:



https://www.youtube.com/watch?v=PXAwIHLQ8-U


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

COMO A MÍDIA MANIPULA A POPULAÇÃO MUNDIAL


Fonte da imagem: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/07/as-dez-tecnicas-mais-usadas-pela-grande-midia-para-manipular-a-realidade.html

Fábio José Lourenço Bezerra

            Estamos na Era da informação. Exatamente por isso, precisamos questionar como e quais as informações nos estão sendo repassadas ou restringidas. A mídia mundial, em grande parte composta por oligopólios, são, por sua vez, agentes dos interesses das mega-corporações privadas mundiais. Para esse fim, faz uso de várias técnicas.
            Abaixo, transcrevemos na íntegra um excelente artigo do site Pragmatismo Político (www.pragmatismopolitico.com.br), postado em 24 de julho de 2015, sobre este tema.

“AS DEZ TÉCNICAS MAIS USADAS PELA GRANDE MÍDIA PARA MANIPULAR A REALIDADE

Realidade mitificada: Conheça (e faça bom uso) as dez técnicas mais usadas pelos grandes meios de comunicação para manipular a sociedade
Os que não são idiótes (no sentido grego: os que se voltam para a vida privada menosprezando completamente a vida pública) jamais podem ignorar como a grande mídia mistifica a realidade e manipula a opinião pública.


Todos os grandes meios de comunicação têm, naturalmente, suas preferências – partidárias, eleitorais, ideológicas e, sobretudo, pecuniárias. Já sabemos que nas democracias venais contemporâneas o dinheiro deslavadamente gera poder e que o poder desavergonhadamente gera dinheiro. A mídia, na medida em que filtra e manipula conteúdos, apresenta-se como uma das pontes privilegiadas de ligação dessa política institucionalmente argentária.

O linguista e sociólogo Noam Chomsky, professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (em Boston) e tido pelo New York Times como “o maior intelectual vivo”, catalogou as dez técnicas de mistificação e manipulação promovidas pela grande mídia [1]. Trata-se de um decálogo extremamente útil, especialmente para aqueles que bravamente desafiam a inexpugnável ignorância diária. Vejamos:

1. A estratégia da distração. É fundamental, para o grande lobby dos poderes, manter a atenção do público concentrada em temas de pouca relevância (programas banais de TV, por exemplo), fazendo com que o cidadão comum se interesse apenas por fatos insignificantes. A exagerada concentração em fatos da crônica policial, dramatizada e manipulada, faz parte desse jogo.

2. Princípio do “problema-solução do problema”. A partir de dados incompletos, incorretos ou manipulados, inventa-se um grande problema para causar certa reação no público, com o propósito de que seja este o mandante – ou solicitante – das medidas que se quer adotar (é preciso dar voz ao povo). Um exemplo: deixa-se a população totalmente ansiosa com a notícia da existência de uma epidemia mortal (febre aviária, por exemplo), criando um injustificado alarmismo com o objetivo de vender remédios que de outra forma seriam inutilizados.

3. A estratégia da gradualidade. Para fazer o povo aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la e noticiá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos – ou meses, ou dias – seguidos. É dessa maneira que se introduzem novas e duras condições socioeconômicas, em prejuízo da população. Tudo é feito e contado gradualmente, porque muitas mudanças juntas podem provocar uma revolução.

4. A estratégia do diferimento (adiamento). Um outro modo de fazer aceitar uma decisão impopular consiste em apresentá-la como “dolorosa e necessária”, alcançando-se momentaneamente sua aceitação, para uma aplicação futura (“piano piano si va lontano”, o equivale mais ou menos ao nosso “devagar se vai ao longe”).

5. Comunicar-se com o público como se falasse a uma criança. Quanto mais se pretende enganar o público, mais se tende a usar um tom infantil. Diversos programas ou conteúdos possuem essa conotação infantilizada. Por quê? Se nos comunicarmos com as pessoas como se elas tivessem 11 anos de idade, elas tendem a responder provavelmente sem nenhum senso crítico, como se tivessem mesmo 11 anos de idade (as crianças não conseguem fazer juízos abstratos).

6. Explorar a emotividade muito mais que estimular a reflexão. A emoção, com efeito, coloca de escanteio a parte racional do indivíduo, tornando-o facilmente influenciável, sugestionável. Essa é a grande técnica empregada pelo populismo demagogo punitivo.

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Poucos conhecem, ainda que superficialmente, os resultados já validados das ciências (criminais, médicas, tecnológicas etc.). A manipulação fica facilitada quando o povo é mantido na ignorância; isso significa dizer não à escola de qualidade para todos.

8. Impor modelos de comportamento. Controlar indivíduos enquadrados e medíocres é muito mais fácil que gerir indivíduos pensantes. Os modelos impostos pela publicidade são funcionais para esse projeto.

9. A autoculpabilização. Todo discurso (midiática e religiosamente) é feito para fazer o indivíduo acreditar que ele mesmo é a única causa do seu próprio insucesso e da própria desgraça. Que o problema é individual e não tem nada a ver com o social. Dessa forma, ao contrário de se suscitar uma rebelião contra o sistema socioeconômico que marginaliza a maioria, o indivíduo se subestima, se desvaloriza, se torna depressivo e até se autoflagela (assim é a vida no “vale das lágrimas”). A culpa pelo desemprego, pelo não encontro de novo emprego, pelo baixo salário (neoescravizador), pelas condições deploráveis de trabalho, pelo insucesso escolar, pela precarização das relações trabalhistas, pela diminuição do salário-desemprego, pela redução das aposentadorias, pela mediocridade cultural, pela ausência de competitividade no mercado etc. é dele, exclusivamente dele, não do sistema.

10. Os meios de comunicação sabem mais de você que você mesmo. Eles conhecem nossas preferências, fazem sondagens e pesquisas, diagramam nossas inclinações políticas e ideológicas e, mais que isso, sabem como ninguém explorar nossas emoções (sobretudo as mais primitivas). Não se estimula quase nunca a reflexão. O sistema manipula e exerce um grande poder sobre o público, muito maior que aquele que o cidadão exerce sobre ele mesmo.

Faça bom uso deste decálogo.

[1] CHOMSKY, Noam. “Ecco 10 modi per capire tutte le bugie che ci raccontano”, emLatinoamerica e tutti i sud del mondo, números 128/130. Roma: GME Produzioni, 2014/2015, páginas 146-147.
Luiz Flávio Gomes, Congresso em Foco"


ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:


http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/07/as-dez-tecnicas-mais-usadas-pela-grande-midia-para-manipular-a-realidade.html

domingo, 14 de fevereiro de 2016

PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA FAZ GRAVE DENÚNCIA CONTRA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

O Prêmio Nobel da Medicina Richard J. Roberts

Fonte da imagem:http://www.esquerda.net/artigo/farmac%C3%AAuticas-bloqueiam-medicamentos-que-curam-porque-n%C3%A3o-s%C3%A3o-rent%C3%A1veis



Fábio José Lourenço Bezerra

      A cada dia constata-se que a ganância humana não tem limites. É capaz até mesmo de arriscar a saúde e a vida das pessoas em nome do lucro.

     Abaixo transcrevemos uma entrevista, publicada no site esquerda.net, de um prêmio Nobel de medicina que faz uma grave denúncia contra indústria farmacêutica:

"As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis"

O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.
Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

A investigação pode ser planeada?

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.
Parece uma boa política.
Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada …

E não é assim?

Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.

Como nasceu?

A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.
Uma aventura.
Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.

Foi cientificamente produtivo?

Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.

O que descobriu?

Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).

Para que serviu?

Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.
Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?
É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.

Entendo.

A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.

A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...
Como qualquer outra indústria.
É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.
Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.
Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.

Por exemplo...

Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença …

E por que pararam de investigar?

Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.

É uma acusação grave.

Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.

Há dividendos que matam.

É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.

Um exemplo de tais abusos?

Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.

Não fala sobre o Terceiro Mundo?

Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.

Os políticos não intervêm?

Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.

Há de tudo.

Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…

18 de Junho, 2011

Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política
Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net

      Burzynski, o filme - O Câncer é um Grande Negócio é um documentário premiado internacionalmente sobre a história real do médico e bioquímico Dr. Stanislaw Burzynski, que travou e ganhou a possivelmente maior e mais complicada batalha legal da história norte-americana contra a FDA (Food & Drug Administration), o órgão que autoriza os medicamentos nos Estados Unidos. Sua luta foi centrada na aprovação de um medicamento, desenvolvido por ele desde a década de 1970, que é altamente eficaz contra vários tipos de câncer, sem efeitos colaterais.
     O filme mostra, claramente, a imensa pressão da indústria farmacêutica para que remédios realmente eficazes não sejam aprovados.

O Filme está disponível,com legendas em português, no Youtube, no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=z_YWHso4B-M&feature=youtu.be

Assista o filme legendado:



E a versão mais atualizada, em inglês, no canal do filme no Youtube:


ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS: