
Fonte
da imagem: http://www.espiritualismo.info/reencarnar.html
Fábio
José Lourenço Bezerra
A
reencarnação é confirmada por uma quantidade
enorme de evidências. No mundo inteiro, diversos
pesquisadores têm estudado o fenômeno da reencarnação.
A
pesquisa acontece em duas áreas distintas: casos de lembranças
espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e a outra
através de um processo, atualmente muito utilizado com fins
terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas
passadas. Esta última, como veremos adiante, teve recentemente um
grande aliado para sua validação: o Mapeamento Cerebral por
Tomografia.
Na
primeira área, destacamos o professor de psiquiatria Dr. Ian
Stevenson e o atual continuador de sua pesquisa, o psiquiatra
infantil Dr. Jim B. Tucker, ambos da Universidade de
Virgínia, nos Estados Unidos. Destacamos também o médico
psiquiatra indiano Dr. H. N. Banerjee. No Brasil, uma
pesquisa desta natureza também foi realizada pelo engenheiro Ernani
Guimarães Andrade.
Na
segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert
de Rochas, que pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito
pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose, destacamos a
renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e
inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris
Netherton, Edith Fiore e Brian Weiss nos
Estados Unidos, Roger Woolger na Inglaterra, Patrick
Druot na França, Thorwald Dethlefsen na
Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.
A
partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única
conclusão possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas
um fato amplamente demonstrado.
O
professor de psiquiatria da Universidade de Virgínia (EUA) Dr.
Ian Stevenson, falecido em 2007, registrou, ao
redor do mundo, em um período de mais de quarenta anos, perto de
2700 casos de crianças que relataram lembranças de vidas
anteriores. Algumas se dizem membros da família já falecidos,
outros descrevem vidas anteriores como estranhos. Tipicamente, a
criança, muito nova (em geral por volta dos seus 2 a 3 anos de
idade), começa a falar de uma outra vida persistentemente. Muitas
vezes, pede que a levem para encontrar-se com a sua outra família,
em outro local. Quando a criança fornece nomes ou detalhes
suficientes sobre a outra localidade, a família atual, quase sempre,
vai até lá e confirma as informações dadas pela criança, que se
mostram corretas. As informações batem, em vários casos com
riqueza de detalhes, com a vida de uma pessoa há pouco tempo
falecida.
As
crianças não só demonstram ter lembranças da vida da
personalidade anterior (detalhes a respeito de membros da antiga
família, eventos da vida passada ou o modo como morreram), mas
também, com muita freqüência, apresentam marcas de nascença
semelhantes a ferimentos no corpo da vida anterior, bem como suas
emoções, apegos, medos, vícios, gostos e aversões. A
identificação com um determinado país ou sexo também aparecem em
alguns casos.
Sobre
o Dr. Stevenson, consta o seguinte no livro “Vida Antes da
Vida”, escrito pelo psiquiatra
infantilda Universidade de Virgínia Dr. Jim Tucker,
continuador de suas pesquisas:
“[...]
Lester S.King, editor de crítica do JAMA:
The Journal of the
American Medical Association,
escreveu que, “com respeito à reencarnação, [Stevenson] coletou
cuidadosa e desapaixonadamente uma pormenorizada série de casos
ocorridos na Índia, nos quais a evidência é difícil de explicar
sob qualquer ponto de vista.” E acrescentou: “Ele registrou uma
quantidade de dados tão grande que não pode ser ignorada.”
Em
1977, o Journal of Nervous and Mental Disease reservou boa
parte de um número ao trabalho sobre reencarnação do Dr.
Stevenson. Incluía um artigo do pesquisador, comentado por outros
especialistas. O Dr. Harold Lief, figura das mais acatadas no campo
da psiquiatria, escreveu um dos comentários. Descrevia o
Dr.Stevenson como “um investigador metódico, prudente, cauteloso
mesmo e de personalidade teimosa.”
Para
exemplificar, reproduzimos alguns casos descritos no já citado livro
“Vida Antes da Vida”:
“[...]
A mãe sonhou, durante a gravidez, que um homem desconhecido lhe
dizia: “Fui morto por um golpe de pá. Quero ficar com você e
ninguém mais.” Quando Sulerman nasceu, viu-se que a parte
posterior do seu crânio era parcialmente deprimida e também
apresentava uma cicatriz. Ao aprender a falar, disse que tinha sido
um moleiro morto quando um freguês enfurecido feriu-o na cabeça.
Juntamente com outros detalhes, forneceu o primeiro nome do
moleiro e o da aldeia onde residira. De fato, um freguês enfurecido
havia assassinado um moleiro daquele mesmo nome e naquela mesma
aldeia, golpeando-o na nuca com uma pá.”
“[...]
Outro caso mencionado em Reincarnation and Biology é o de Necip
Ünlütaskiran, da Turquia. À época do seu nascimento, notou-se que
exibia várias marcas de nascença na cabeça, rosto, e peito. Os
pais, de início, deram-lhe o nome de Malik, mas três dias depois a
mãe teve um sonho no qual o bebê lhe dizia chamar-se Necip. Os pais
resolveram então chamá-lo de Necati e não Necip, pois ambos os
nomes se pareciam e já havia na família outra criança chamada
Necip. Quando a criança teve idade suficiente para falar, insistiu
em que seu nome era de fato Necip e recusou-se a atender por qualquer
outro, de modo que os pais acabaram fazendo-lhe a vontade.
Necip
demorou para falar e a se referir a uma vida anterior, mas, quando
completou seis anos, pôs-se a dizer que tinha filhos. Aos poucos foi
fornecendo outros detalhes, inclusive o fato de ter sido esfaqueado
repetidamente. Afirmou que tinha vivido na cidade de Mersin, a
setenta quilômetros da residência dos pais. A família não o levou
até lá imediatamente, por lhe faltarem meios e não ter interesse
no que o menino dizia.
Quando
Necip fez doze anos, a mãe o levou a uma cidade perto de Mersin para
visitar o pai dela e sua esposa, sendo que nenhum dos dois conhecia
esta última.
Quando
Necip a viu, disse que agora ela era a sua avó de verdade, depois de
sê-lo unicamente em aparência no passado. Falou-lhe de suas
reminiscências da vida passada e a mulher confirmou que eram
verdadeiras. Ela tinha morado anteriormente em Mersin, onde era
conhecida como “Vovó”. Um vizinho, de nome Necip Budak, tinha
sido esfaqueado e morto pouco antes do nascimento do menino. O avô
de Necip levou-o então até Mersin, onde ele reconheceu diversos
membros da família de Necip Budak.
Identificou
dois objetos que haviam pertencido ao morto e declarou disse que
Necip Budak havia ferido a perna da esposa com uma faca, durante uma
discussão, o que era verdade. O garoto não tinha visto as pernas da
viúva, é claro, mas uma mulher da equipe do Dr. Stevenson
examinou-as e confirmou que ela tinha uma cicatriz na coxa,
provocada, segundo disse, pelo marido.
O
Dr. Stevenson conseguiu obter uma cópia do relatório da autópsia
de Necip Budak e, em seguida, descobriu que o menino Necip
apresentava três marcas de nascença, que a família notara desde o
primeiro momento e ainda eram visíveis quando o Dr. Stevenson o
examinou aos treze anos, elas combinavam perfeitamente com os
ferimentos descritos no relatório da autópsia. Além disso, Necip
tivera outras três marcas que a família observara logo ao seu
nascimento, mas não podiam ser mais vistas aos treze anos: elas
também combinavam com os ferimentos descritos no relatório. O Dr.
Stevenson encontrou ainda mais duas marcas em Necip, semelhantes às
descritas no relatório, mas que a família nunca havia notado. Por
último, o relatório aludia a vários ferimentos no braço esquerdo
de Necip Budak que não tinham equivalentes no corpo do menino.
Em
suma, Necip apresentava nada menos que oito sinais equivalentes aos
ferimentos constatados no cadáver de Budak, assassinado a setenta
quilômetros de distância. Afora isso, o menino tinha fornecido
detalhes corretos sobre a vida de Necip Budak e reconhecido membros
de sua família.”
“[...]
Chanai Choomalaiwong nasceu na região central da Tailândia, em
1967, com duas marcas de nascença, uma na parte posterior da cabeça
e outra acima do olho esquerdo. A família, num primeiro momento, não
achou que aqueles sinais tivessem algum significado; mas, quando o
menino completou três anos, começou a falar a respeito de uma vida
anterior. Afirmou ter sido um professor primário chamado Bua Kai,
que havia sido alvejado e morto a caminho da escola. Forneceu o nome
de seus pais, esposa e dois dos filhos que teve naquela vida, pedindo
sempre à avó, com quem vivia, para que o levasse à antiga casa,
numa localidade chamada Khao Phra.
Por
fim, estando ele ainda com três anos, a avó fez-lhe a vontade. Os
dois apanharam um ônibus a um povoado próximo de Khao Phra, situada
a vinte quilômetros de sua aldeia. Quando saltaram do veículo,
Chanai conduziu a avó em direção a uma casa onde, segundo
afirmava, moravam os seus pais. A casa pertencia a um casal idoso
cujo filho, Bua Kai Lawnak, fora professor e morrera assassinado
cinco anos antes do nascimento de Chanai. A avó do menino, ao que se
soube, tinha vivido a quatro quilômetros dali. Como possuía uma
barraca onde vendia diversos produtos às pessoas das redondezas,
tinha conhecido vagamente Bua Kai e sua esposa. Nunca havia estado na
casa deles e não fazia idéia de para onde Chanai a estava
conduzindo. Uma vez lá, o menino identificou os pais de Bua Kai, que
se achavam em companhia de vários outros membros da família, como
os seus pais. Eles ficaram tão impressionados com as suas
declarações e marcas de nascença que o convidaram a voltar em
breve. Chanai voltou e, na ocasião, o casal o testou pedindo-lhe que
apontasse os pertences de Bua Kai entre muitos outros, e ele
conseguiu.
Reconheceu
uma das filhas de Bua Kai e perguntou pela, citando-lhe o nome. A
família de Bua Kai aceitou que Chanai fosse o filho renascido e ele
a visitou muitas vezes.
Insistia
que as filhas do falecido o chamassem de pai e, quando elas não
obedeciam, recusava-se a falar com elas.
Quanto
aos ferimentos de Bua Kai, não havia relatórios de autópsia
disponíveis, mas o Dr. Stevenson conversou com diversos membros da
família e ouviu que ele apresentava dois buracos na cabeça. A
esposa lembrava-se de que o médico responsável pelo exame do corpo
havia explicado que o orifício de entrada da bala era o da nuca
porque tinha dimensões menores que o da testa. Aquilo combinava com
as marcas de Chanai: uma pequena, circular, na nuca e outra maior,
mais irregular, na testa. Ambas eram sem pêlos e de aspecto rugoso.
Ninguém as fotografou até Chanai completar onze anos e meio, de
sorte que determinar exatamente o seu ponto de localização na
cabeça quando ele nasceu tornava-se difícil. Nas fotos, a maior
aparece à esquerda, na parte superior da testa, mas testemunhas
afirmam que se localizava mais embaixo quando Chanai era menor.
Neste
caso, várias testemunhas concordam que um menino com marcas de
nascença semelhantes aos ferimentos de entrada e saída de um
projétil num homem morto tinha, a respeito da vida deste,
informações que jamais lhe chegariam por meios normais e pôde
sair-se bem em testes que a família do homem lhe preparou.”
UM
CASO ESTUDADO PELO DR.JIM TUCKER:
“[...]
John McConnell, policial aposentado de Nova York que trabalhava como
vigia, parou após o expediente diante de uma loja de produtos
eletrônicos, numa noite de 1992. Viu dois homens roubando o
estabelecimento e sacou o revólver. Outro assaltante, por atrás de
um balcão, começou a atirar nele. John tentou responder ao fogo,
caiu e levantou-se, sempre disparando. Foi atingido seis vezes. Uma
das balas penetrou-lhe as costas, dilacerando o pulmão esquerdo, o
coração e a principal artéria pulmonar, o vaso sanguíneo que leva
o sangue do lado direito do coração para os pulmões, a fim de ser
oxigenado. Foi levado às pressas para o hospital, mas não
sobreviveu.
John
era muito ligado à família e dizia freqüentemente a uma das
filhas, Doreen:
“Não
importa o que aconteça, sempre tomarei conta de você”. Cinco anos
após a morte de John, Doreen deu à luz um filho, William. William
começou a sofrer desmaios logo depois de nascer. Os médicos
diagnosticaram atresia da válvula pulmonar, condição na qual a
válvula da artéria pulmonar não se formou adequadamente, de modo
que o sangue não consegue atravessá-la rumo aos pulmões. Além
disso, uma das câmaras do coração, o ventrículo direito, não se
formou perfeitamente, em conseqüência do problema com a válvula. O
menino passou por várias cirurgias. Embora tivesse de tomar remédios
pela vida toda, saiu-se muito bem.
William
apresentava problemas de nascença muito parecidos com os ferimentos
fatais sofridos pelo avô. Não bastasse isso, quando aprendeu a
falar, começou a falar fatos da vida do avô. Um dia, tendo ele três
anos de idade, a mãe estava em casa tentando trabalhar no seu
estúdio quando William se pôs a fazer travessuras. Ela, por fim,
lhe disse: “Sente-se ou lhe darei umas palmadas.” William
replicou: “Mamãe, quando você era uma menininha e eu o seu pai,
às vezes você se comportava mal, mas eu nunca bati em você!”
A
princípio, a mãe ficou inquieta com isso. À medida que William foi
falando mais a respeito da vida do avô, ela começou a sentir-se
confortada pela idéia de que o pai havia voltado. William afirmou
que era o avô inúmeras vezes e falou sobre sua morte. Disse à mãe
que várias pessoas tinham disparado durante o incidente quando ele
foi morto e fez muitas perguntas a respeito.
Certa
vez, perguntou à mãe: “Quando você era uma garotinha e eu o seu
pai, como se chamava mesmo o meu gato?” Ela respondeu: “Refere-se
a Maníaco?” “Não, não a esse”, continuou William. “Estou
falando do branco”. “Boston?”, indagou a mãe. “Sim”,
respondeu William. “Eu costumava chamá-lo de Boss, não é?” De
fato, a família tinha dois gatos. Maníaco e Boston — e só John
chamava o branco de Boss.
Um
dia, Doreen perguntou a William se ele se lembrava de alguma coisa
ocorrida antes de nascer. O menino disse que tinha morrido numa
quinta-feira e que fora para o céu. Ali, viu animais e até falou
com Deus. E completou: “Eu disse a Deus que estava pronto para
voltar e nasci numa terça-feira.” Doreen ficou espantada ao ouvir
William mencionando os dias da semana, que ainda não sabia muito
bem. Colocou-o então à prova, dizendo: “Então você nasceu numa
quinta-feira e morreu numa terça?”
Ele
prontamente corrigiu: “Não, morri numa quinta à noite e nasci
numa terça de manhã.” Ele estava certo em ambos os pontos —
John tinha morrido numa quinta-feira e William tinha nascido numa
terça-feira cinco anos depois.
Em
outras ocasiões, o menino falou sobre o período entre vidas. Contou
à mãe, “Quando você morre, não vai diretamente para o céu.
Passa por diversos níveis — aqui, depois ali, por fim acolá” e,
de cada vez, erguia um pouco a mão. Explicou que os animais também
renascem e que os que viu no céu não mordiam nem arranhavam.
John
tinha sido católico romano praticante, mas acreditava em
reencarnação e afirmava que iria cuidar de animais na próxima
vida. O neto, William, diz que quer ser veterinário para tratar de
bichos grandes num zoológico.
William
lembra o pai de Doreen de várias maneiras. Gosta de livros, como o
avô. Quando visitam a avó de William, ele fica horas vasculhando a
biblioteca de John, reproduzido o comportamento deste no passado.
William, tal qual o avô, é organizado e tagarela.
William
lembra especialmente o pai de Doreen quando lhe diz, “Não se
preocupe, mamãe, vou cuidar de você”.
Os
resultados da pesquisa da renomada psicóloga norte americana
Dra.Helen Wambach trouxeram evidências, bastante
fortes, da existência da reencarnação. Muito difíceis de serem
contestadas pelos céticos. Esta pesquisa e seus resultados foram
publicados em dois excelentes livros: “Recordando Vidas
Passadas” (1978) e “Vida Antes da Vida” (1982).
Muito interessante é o fato de que os resultados coincidem muito com
o que nos ensinaram os Espíritos Superiores durante a codificação
do Espiritismo.
Realizando
regressões de memória a vidas passadas em grupo (ela não levava em
conta regressões individuais na sua pesquisa), coletou cerca de
1.100 relatórios de lembranças de existências pretéritas das
pessoas que participaram de sua pesquisa. Os relatórios tiveram como
base um questionário sobre diversos dados que poderiam ser,
posteriormente, avaliados, comparando-os com o conhecimento histórico
existente. Dados como vestuário, clima, moradia, raça, sexo,
circunstâncias de vida, paisagem, além de outros.
Dando
um tratamento estatístico ao grande conjunto de dados coletados,
obteve resultados bastante interessantes:
a)
Quantidade de dados historicamente divergentes insignificante: dos
1.100 relatórios, apenas 11 possuíam diferenças em relação aos
dados históricos disponíveis oficialmente. Mesmo nos indivíduos
que regrediram à épocas que pouco, ou de nenhuma forma, foram
retratadas em filmes, documentários, livros ou outros veículos de
comunicação, que poderiam influenciar as suas lembranças, os
detalhes de suas informações coincidiam com os dados históricos.
Ou seja, apesar de vários indivíduos desconhecerem, nessa vida,
detalhes de vestuário, utensílios domésticos, moradia, etc., em
épocas da história cujos detalhes só podem ser obtidos através de
uma minuciosa pesquisa, eles apareceram em suas lembranças durante
as regressões.
b)
Ausência de lembranças como personagens históricos famosos ou
importantes, bem como de situações que refletiriam desejos dos
participantes: praticamente em todos os relatórios não
apareceram lembranças como pessoas famosas ou importantes do
passado, e na maior parte deles as vidas eram de pobreza,
dificuldade, sofrimento, de frequente cansaço e monotonia. Vidas de
pessoas comuns às épocas das quais lembraram, como camponeses,
escravos, artesãos, etc. Era de se esperar que, caso fossem
fantasias dos participantes, suas vidas refletiriam seus desejos,
como de fama, riqueza e poder.
c) O
número de renascimentos coincidiram, proporcionalmente, com o
número da população em todas as épocas relembradas:
Em cada época e localização geográfica, os renascimentos
coincidiram com as tendências do crescimento da população. Ao ser
analisado estatisticamente, o crescimento populacional nas
regressões era o mesmo da história. Isto é, quando um maior
número de participantes lembrava ter vivido em determinada época e
lugar, isso coincidia, proporcionalmente, com os dados históricos
sobre a quantidade de pessoas que viveram nessa época e lugar. O
mesmo ocorreu em épocas e locais que apresentaram menos vidas dos
participantes. Isto era de se esperar se as lembranças das vidas
passadas fossem reais. Ver a figura abaixo:

Fonte:
Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento
d)
O número de reencarnações em ambos os sexos se mostrou igual na
totalidade dos relatórios: Conforme Helen Wambach: “Refleti
que eu precisava, pelo menos, de um fato biológico acerca do passado
que me facultasse a conferência dos meus indícios. Eu sabia que em
qualquer fase pretérita, mais ou menos a metade da população era
masculina e a outra metade, feminina. Decidi verificar cada período
de tempo e determinar quantas regressões tinham redundado em vidas
masculinas e quantas tinham resultados em vidas femininas.
Se
a rememoração de existências passadas fosse mera fantasia, seria
de esperar que preponderassem as masculinas: os estudos mostram que o
cidadão comum, em se lhe oferecendo a possibilidade de escolher,
optaria por viver como homem.
Contra
a probabilidade de que a fantasia produziria maior número de
sujeitos masculinos, havia o fato de que 78% dos meus sujeitos no
primeiro grupo de seminários eram mulheres.
Seria
acaso possível que as mulheres preferissem ser mulheres numa vida
pregressa?
Assim
sendo, muitos imponderáveis gravitavam em torno da questão do sexo
que seria escolhido numa vida passada.
Não
obstante(...) meus dados são concludentes. Sem levar em consideração
o sexo que têm na vida atual, ao regressar ao passado, meus sujeitos
se dividiram precisa e uniformemente em 50,3% de homens e 49,7% de
mulheres.” Ver a figura abaixo:

Fonte:
Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento
a)
Possibilidade de escolha do renascimento: dos 1.100 casos
analisados, na maior parte deles, os indivíduos aceitaram
voluntariamente seu nascimento. Perto de 81% dos participantes
pesquisados decidiram voltar a terra e apenas 19% foram forçados.
Muitos deles só aceitaram vir reclamando e outros só aceitaram após
serem orientados por Espíritos planejadores ou aconselhadores;
b)
Motivo do renascimento: dentre vários outros motivos, os
mais comuns foram:
•Terminar
tarefas não concluídas;
•Corrigir
erros cometidos;
•Despertar
aptidões e evoluir espiritualmente;
•Superar
limites, romper barreiras e limitações;
•Obter
conhecimentos superiores;
•Aprender
a amar sem sentimento de posse ou apegos;
•Superar
medos, Desenvolver a humildade, amar a mãe e os irmãos, desfazer-se
de certas ilusões, além de outros motivos.
c)
escolha da época do renascimento: A maior parte dos que
participaram da pesquisa, 51%, disseram ter escolhido nascer na
segunda metade do século XX, pois essa época tinha grande potencial
de crescimento espiritual; um período de mudança na consciência
dos homens. Como exemplos do que os próprios participantes disseram
sobre isso: “Será uma época de grande expansão da consciência”;
“Os espíritos mais avançados estão nascendo”; “é uma época
de grande esclarecimento”; “é o início de uma idade de ouro”;
“a consciência atingirá novas alturas”; “Este período de
tempo está aberto ao crescimento espiritual”. Muitas outras
lembranças coincidiram com estas.
d)
Escolha do sexo: 24% não escolheram o sexo com o qual
reencarnariam, ou disseram que isso não tinha muita importância;
76% afirmaram que o sexo era importante nas atividades que teriam de
executar. Perto de 33% destes escolheram reencarnar como mulheres
porque queriam ter filhos. Vejamos alguns exemplos: “escolhi ser
homem pela minha mulher. Entrei nesta vida para ajudar minha esposa a
resolver um problema e ela tinha escolhido ser mulher.”; “escolhi
o sexo masculino pela facilidade do homem em participar do esforço
científico e desejava, nesta vida, participar da revolução
cientifica do século XX.”; “escolhi o sexo feminino para fazer
as pessoas felizes com mais facilidade.”
e)
Presença de parentes e amigos: 87% disseram que já
conheciam muitos parentes e amigos de outras vidas e 13% disseram que
não, ou que não sabiam dizer.
Dos 87% que disseram sim, pôde-se chegar a algumas conclusões. Segundo Wambach: “houve impressionante variação nos relacionamentos configurados. Pais, nesta vida, tinham sido amantes no passado; mães tinham vindo como irmãos, amigas, irmãs, filhos. Mães na vida atual tinham vindo como pais, amigos, irmãos, irmãs, filhos. Nada havia de totalmente consistente na maneira pela qual as pessoas, nesta existência, se relacionavam em vidas passadas.”
Dos 87% que disseram sim, pôde-se chegar a algumas conclusões. Segundo Wambach: “houve impressionante variação nos relacionamentos configurados. Pais, nesta vida, tinham sido amantes no passado; mães tinham vindo como irmãos, amigas, irmãs, filhos. Mães na vida atual tinham vindo como pais, amigos, irmãos, irmãs, filhos. Nada havia de totalmente consistente na maneira pela qual as pessoas, nesta existência, se relacionavam em vidas passadas.”
f)
Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se
ligaram ao feto, de nenhuma forma, até depois dos seis meses de
gestação”. Contudo, praticamente todos disseram ter plena
consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto,
possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto
durante o parto ou pouco tempo antes. Dessa forma, na maior parte do
período de gravidez, as pessoas não se sentiam parte integrante do
feto, contudo estavam existindo separado destes.
É
preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o
Espírito expressa apenas seu ponto de vista. Assim,
pode estar ligado ao corpo desde a concepção, mas só perceber essa
ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da gestação.
Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem
antes do parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.
g)
As sensações durante o nascimento: Foi grande a quantidade
de participantes que sentiram tristeza e melancolia durante o
nascimento. Não que fossem os eventos físicos do processo de parto
que traziam esses sentimentos, mas, ao que tudo indica, a maior fonte
era psicológica. Muitos derramaram lágrimas durante a lembrança do
nascimento. A tristeza eram causada, em sua maior parte, à
expectativa das dificuldades que viriam durante a vida que se
iniciava, aos resgates que teriam de sofrer, e à limitação do
corpo físico em relação ao corpo espiritual. Sofriam por deixar a
plena, leve, pacífica e sublime vida no mundo espiritual. Some-se a
isso as sensações, relatadas por muitos, quando da entrada no mundo
físico e a passagem pelo canal de parto, atormentadoras e por demais
desagradáveis. Segundo Wambach: “A criança recém-nascida
sente-se desligada, diminuída e sozinha, quando comparada à sua
situação no intervalo entre as vidas”.
A
pesquisa da reencarnação, através da regressão de memória a
vidas passadas, foi recentemente bastante reforçada pela tecnologia.
O Mapeamento Cerebral Por Tomografia, realizado
durante as
regressões de memória, trouxe interessantíssimos resultados.
Vejamos as duas reportagens abaixo:
Reportagem
do site do Globo Reporter:
“Viagens
a um passado que transcenderia ao nosso corpo físico. Teria a nossa
memória um arquivo secreto de momentos que não experimentamos nesta
vida? O homem carrega com ele lembranças de vidas passadas?
Especialistas em terapias que utilizam a técnica da regressão estão
tentando desvendar esse mistério.
Os
psicólogos paulistas Manoel Simão e Júlio Peres fizeram o
mapeamento cerebral de alguns dos seus pacientes, durante as sessões
de regressão, usando aparelhos de tomografia computadorizada. Foi
uma experiência inédita. E o que revelaram os exames?
A
área do cérebro ativada quando os pacientes entram em uma
hipotética vida passada é a da memória. A parte que comanda os
circuitos da imaginação, durante a regressão, não entra em
atividade, garante o psicólogo.
"As
vias neurofisiológicas utilizadas para o resgate de memórias
traumáticas de vida atual foram também utilizadas para o resgate de
situações traumáticas de vidas passadas - supostas vidas passadas.
Os circuitos neurofisiológicos que estão relacionados à fantasia
são outras estruturas”, explica o psicólogo Júlio Peres.
O
publicitário Tertuliano Pinheiro se submeteu à regressão e diz ter
se encontrado em duas outras existências. "A primeira vivência
foi na Roma Antiga. Utilizava o poder para praticar o mal. Vivia
emitindo ordens. Ouvia os gritos das pessoas. Foram muitos erros
cometidos. Exercia o poder da forma mais errada. Ele tomou bens",
revela.
Ao
descobrir tudo isso, Tertuliano encontrou o caminho para se livrar de
todas as suas aflições. A depressão, o medo do escuro, o pânico,
tudo desapareceu. “Hoje eu sou outra pessoa, de bem com a vida. Sem
dúvida isso aconteceu por causa da regressão. Não é questão de
achar, é de sentir", diz o publicitário.
Sentir,
mergulhar em uma memória desconhecida sem perder a consciência.
Isso seria mesmo possível? "Não importa o nome que se atribua
a esse conteúdo. De fato, ele é verdadeiro, genuíno para o
paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se liberta de
dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o
psicólogo Júlio Peres.”
Reportagem
publicada na revista ISTOÉ de 10/07/02 e extraída do site:
Há
dois anos, ISTOÉ divulgou o primeiro mapeamento de ondas cerebrais
feito durante uma sessão de regressão (ISTOÉ
1594).
O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia
Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade
cerebral é muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações
como suor e taquicardia. Na época, Peres anunciou uma parceria de
pesquisa com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para
monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais acionadas
durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com
idades entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia com emissão
de radiofármaco (método spect), realizada no Hospital Beneficência
Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames foram analisados pelo
médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados de
consciência da universidade americana. Finalizados, os estudos
revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas neste processo
são as do lobo médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo,
que respondem pela memória e pela emoção. É mais um passo na
busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da
imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma história, o
lobo frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão
intensa”, explica Peres.
Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988,Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores , tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação.
Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:
2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.
3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.
4. O espírito existe para sempre.
5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.
6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.
7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.
8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.
9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.
10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.
11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.
12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.
13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.
14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.
15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.
16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.
17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.
18.
A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em
grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos
passados.
19.
O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um
espírito é um estado de ligação próximo à matéria.
20.
Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência
espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a
assistência dos guias espirituais.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
a) ligação aos espíritos nos corpos.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
a) ligação aos espíritos nos corpos.
b)
esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c)
vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que
deixam os corpos físicos.
22.
Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode
aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da
sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias
espirituais.
23.
Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do
domínio espiritual do que a existência no plano da terra e
escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua
aprendizagem.
(*Extraído
do livro Reencarnação: processo educativo. Autor:
Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
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2______________.Vida
antes da vida. Livraria Freitas Bastos. [1982];
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ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão
panorâmica, 2002;
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TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica
das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;
7
TENDAM, Hans. Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;
8
ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas
sucessivas, 2002;
9 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador: Fundação lar harmonia, 2003.
ENDEREÇOS
ELETRÔNICOS CONSULTADOS:
https://www.youtube.com/watch?v=PXAwIHLQ8-U
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